Como a Retail Media aumenta sua presença digital
A mídia de varejo está cada vez mais marcando presença no mercado digital. Esse sistema de publicidade em sites de varejo e aplicativos da Web se tornou a terceira onda da publicidade. Mas como ela surgiu e como podemos usar a mídia de varejo para aumentar nossa presença digital?
Uma prática impulsionada pela pandemia e pelos cookies
Olhando para trás, a mídia de varejo encontrou seu maior gatilho na pandemia da COVID-19. O comércio eletrônico foi estimulado pelo confinamento e deixou os consumidores mais à vontade para fazer compras em casa. Os sites e marketplaces dos varejistas viram suas vendas aumentarem e também a necessidade de promover seus produtos em relação à concorrência.
Por outro lado, a nova política de eliminação de cookies de terceiros tornou necessária a busca de novas estratégias para obter informações dos consumidores dentro do grande mercado digital. É nesse ponto que os proprietários dos dados e a forma como o público é segmentado com base em suas decisões de compra desempenham um papel importante. Essas informações pertencem aos varejistas, mas também podem ser compartilhadas por meio de sistemas para a criação de anúncios patrocinados direcionados àqueles que estão interessados neles.
A mídia de varejo como o futuro do marketing pago
Agora que você sabe de onde vem essa prática de publicidade, precisa entender por que precisa aproveitá-la ao máximo.
A inclusão de uma política de mídia de varejo em sua estratégia de marketing ajuda a aumentar não apenas as vendas, mas também o retorno sobre o investimento em publicidade da sua empresa. Uma das histórias de sucesso dessa implementação é a da LG, que viu seu ROAS se multiplicar graças aos públicos do PcComponentes e do Google Ads.
A Retail Media promove uma publicidade menos intrusiva e mais personalizada para os consumidores, ajustando-se aos seus critérios de pesquisa. Essa segmentação permite que as empresas concentrem seus esforços em campanhas mais lucrativas e proporciona aos varejistas maiores receitas com publicidade. Os analistas concordam que esse é o futuro do marketing pago, mas quais são os três fatores que sustentam essa afirmação?
1. Acesso a dados first-party
Um dos aspectos que a mídia de varejo utiliza são as salas limpas de dados. Após o desaparecimento do uso de cookies de terceiros, cresceu a necessidade de um sistema para analisar e segmentar dados além dos sistemas da própria marca.
As salas limpas são uma base de informações que contém dados primários, aquelas referências que a empresa obtém em primeira mão de suas próprias fontes (por exemplo, seu site, seu CRM ou um centro de contato). Essas informações consistem em dados sobre os gostos dos consumidores, o comportamento com sua marca ou a experiência deles no ambiente on-line.
As informações primárias são criptografadas e depois trocadas, por meio de uma série de regras, com dados do provedor (nome de usuário, idioma, método de pagamento ou produtos no carrinho de compras). O objetivo é obter informações agregadas sobre consumidores comuns que as empresas possam ter em comum.
Esses bancos de dados são seguros e protegidos, armazenando informações anônimas para respeitar as regras de privacidade. Eles são complementados por jardins murados, um tipo de sala limpa de dados que ajuda a ocultar os usuários em uma multidão de consumidores. Isso elimina a possibilidade de identificar seus dados no nível do usuário e os agrupa de acordo com atributos comuns a todos eles. Graças à combinação dos dois, podemos operar com dados de terceiros sem violar as normas de cookies.
Há duas versões: salas limpas de mídia (Google Ads ou Amazon Marketing seriam dois exemplos) e salas limpas de parceiros, que são a confluência de dados entre um editor e um anunciante. Essas informações, embora não sejam pessoais, ajudam a segmentar o público e armazenam dados sobre impressões, visualizações ou interações do consumidor.
Por outro lado, salas limpas proprietárias também estão sendo criadas com informações de diferentes canais que criptografam dados sobre processos de vendas e servem como um fluxo para a mídia de varejo.
2. A natureza colaborativa do setor retail
Graças à natureza da mídia de varejo e às parcerias estabelecidas entre varejistas e marcas, há certas sinergias no mundo físico. Por meio do armazenamento de informações no setor de varejo, que inclui hábitos de compra e dados relacionados ao estoque, dois mundos, marketing e vendas, podem ser unidos. Como resultado, o atrito entre a publicidade e o consumidor pode ser reduzido. Os profissionais de marketing usam os dados da mídia de varejo para se alinhar com o departamento de vendas e refinar as estratégias para impulsionar o produto.
As salas limpas podem aproveitar as informações geradas pelas vendas e pela mídia para tomar as decisões certas no menor tempo possível. É aí que entra a necessidade de compilar as informações em um grande sistema para que possamos tomar as melhores decisões comerciais. Ao usar uma ferramenta que integra o Retail Media Monitoring, o vazamento de informações é minimizado e é criado um sistema que abrange todo o funil de vendas. Dessa forma, a análise de publicidade do varejista e a otimização de dados são reunidas para tomar decisões que atendam corretamente à demanda.
3. Aumento potencial do retorno sobre o investimento (ROAS)
Conforme mencionado acima, a mídia de varejo ajuda a aumentar o ROAS de uma empresa. Esse sistema incentiva estratégias que se concentram no aumento do ROAS devido à segmentação individual dos anúncios. Isso permitirá a criação de campanhas direcionadas e resultará em uma redução dos gastos com publicidade da empresa.
Esse aumento é obtido por meio da conexão com o cliente em um momento em que ele está mais próximo de fazer uma compra. O comprador está na categoria em que deseja converter e a mídia de varejo aumenta a conversão por meio de uma melhor segmentação do público.
É importante aumentar o ROAS porque, graças a essa métrica, podemos descobrir se alcançamos os resultados esperados e verificar como a concorrência responde aos movimentos do mercado.
Um futuro aberto a muitas possibilidades
O que está claro é que o futuro da mídia de varejo ainda está para ser escrito. Os dados comprovam seu bom desempenho em termos de resultados e retorno sobre o investimento. No entanto, ainda há muito a contribuir para o setor de varejo a fim de impulsionar essa prática e obter o melhor desempenho.
Ferramentas como o flipflow, que monitoram a mídia de varejo, podem ser usadas para impulsionar novas campanhas de marketing e inovar em diferentes formatos de publicidade. Dados precisos e segmentação fazem parte do futuro do setor e levam a uma melhor conversão e otimização das estratégias de marketing e vendas. Além disso, com os avanços tecnológicos em big data e a implementação de novos sistemas de processamento, a medição se tornará mais sofisticada.
Como anunciante, graças à mídia de varejo, você aumentará sua presença digital, atingirá o público desejado de forma muito mais precisa e os resultados serão superiores com a estratégia e a medição corretas.